A seca aperta no Planalto central. Com umidade abaixo dos 40%, o poeirão vermelho levantado pelo vento também aumenta a fuligem dos carros. O resultado é sujeira para todo lado. Para amenizar cenário, o GDF Presente está intensificando a limpeza de monumentos na área central de Brasília. Nos últimos dias, equipes do programa já lavaram a fachada do Teatro Nacional Cláudio Santoro, do Museu Nacional, do Clube do Choro e do Memorial dos Povos Indígenas.
Não pouparam tinta com retoques e nova demão onde foi necessário. Meios-fios também foram pintados e varrição reforçada.
“Este tipo de iniciativa mostra o compromisso do nosso governo com o legado deixado por Juscelino Kubitschek. Brasília é um museu a céu aberto”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo
Os trabalhos no Teatro Nacional começaram nesta semana. Nesta terça e quarta-feiras (2) foi feita a lavagem geral do teto e da cúpula do espaço cultural. Os vitrôs esverdeados voltaram a brilhar com ajuda do sol forte de Brasília nesta época do ano. Ponto histórico da capital, o teatro está fechado há seis anos e passa por um processo de restauração das salas Martins Pena e Villa Lobos. Por fora, no entanto, já ostenta novo visual.
Próximo destino: a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, na próxima semana. Local de grande circulação de turistas, a Catedral de Brasília – um dos mais emblemáticos monumentos da capital – é sempre notada por quem atravessa o Eixo Monumental. Gente como Rivilane França, alagoana, que passa em Brasília o feriado de 7 de Setembro. Adorou o local, mas reforçou a necessidade de cuidados.
“Está bem conservada, linda, mas tem que cuidar. A gente vê que a poeira já começou a sujar a parte de fora”, observa a moça, ressaltando a importância do programa.
Relevância celebrada por outra entrevistada da Agência Brasília. “É um trabalho importantíssimo não só agora no feriado, em que Brasília recebe mais turistas, mas no ano inteiro. É o patrimônio de nossa cidade”, emenda Sabrina Rocha, moradora de Sobradinho.
Parceria
O trabalho de revitalização dos monumentos é feito pelo GDF Presente com apoio da Administração do Plano Piloto. A cúpula do Museu Nacional foi higienizada e pintada há 15 dias. O Museu do Índio e os espelhos d’água em frente ao Palácio do Buriti também foram revitalizados.
Por fim, as paradas ovais de concreto, obras de Oscar Niemeyer próximas ao Clube do Choro, foram totalmente recuperadas. Pichações, cartazes colados e sujeira foram retirados dos monumentos que também ganharam nova pintura. Doze homens compõem a equipe que realiza o mutirão de limpeza.
“Este tipo de iniciativa mostra o compromisso do nosso governo com o legado deixado por Juscelino Kubitschek. Brasília é um museu a céu aberto e por esse motivo é Patrimônio Cultural da Humanidade. É o esforço de revitalizar e ressignificar os pontos turísticos da cidade”, destaca a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.
“É um cuidado importante com o patrimônio público. Em tempos de pandemia, muita gente acha que está tudo parado. Estamos nas ruas diariamente”, lembra o coordenador do Polo Central Adajacente 1, Alexandro Cesar.
Recolhimento de entulho e limpeza de bueiros
Ainda no Plano Piloto, as equipes do GDF Presente seguem com ações preventivas antes da chegada das chuvas. Entre as quadras 708 Norte e 702 Norte, em frente ao Colégio Militar, servidores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da administração regional desobstruíram 38 caixas de águas pluviais e recolheram 84 sacos de terra, ramagens de raízes e materiais descartáveis como plástico, garrafas pet e latas, entre outros.
Já na região de Água Quente, no Recanto das Emas, o Polo Sul do programa limpou uma imensa área que margeia a Rodovia DF-190. Quatro caminhões-caçamba recolheram 40 toneladas de lixo como restos de construção civil, pneus e podas de árvores.
Na cidade do Gama, a Operação Buraco Zero continua a todo vapor e, hoje, recapeou diversas vias no Gama Oeste, próximas ao Centro de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos (Cose), unidade da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
FONTE: RAFAEL SECUNHO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: FÁBIO GÓIS