A Comissão Especial do Covid-19 questionou o Instituto de Gestão Estratégica da Saúde do Distrito Federal (IGES-DF) e a Secretaria de Saúde sobre as condições financeiras do acordo e também a respeito do atendimento aos pacientes. Os parlamentares levantaram dúvidas sobre o modelo de gestão do instituto.
A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) trouxe duas suspeitas sobre a gestão da entidade que administra o Hospital de Base e unidades de pronto atendimento. Ela acredita que ficou mal explicada a saída do então presidente do IGESDF, Francisco Araújo, para assumir a Secretaria de Saúde. Além disso, a esposa do subsecretário de Administração Geral da Saúde possuía um cargo de gestão no instituto, o que poderia interferir na impessoalidade das compras no instituto.
Paula relembrou as denúncias recebidas sobre a falta de materiais.“Ainda é recorrente a falta de insumos. Sabemos também que a Secretaria de Saúde vem fazendo empréstimos desses produtos. Gostaria de saber como está sendo feita a reposição dos recursos que estão saindo”, questionou.
De acordo com a deputada, representantes da Secretaria de Saúde têm relatado dificuldades em fazer os repasses ao IGESDF por falta de prestação de contas. Para Paula Belmonte, trata-se de uma questão que deve ser resolvida o quanto antes. “Estaremos de olho, assim como o Tribunal de Contas da União também estará, porque são recursos federais, finalizou.
O designado a prestar esclarecimentos por parte do IGESDF foi Dickson Gomes, superintendente operacional. O representante negou que os problemas de fornecimento de insumos e medicamentos sejam recorrentes. “Deixo aqui nossa parte de logística de portas abertas para que os parlamentares possam visitar”, disse. Sobre as suspeitas levantadas no âmbito da Operação Falso Negativo, Gomes afirmou não ter informações completas.
Foto: Alexandre Motta