No Dia da Enfermagem, conheça mais sobre esses profissionais

Atendimento de equipes de Enfermagem é feito de maneira muito próxima ao paciente. Home Care, Ambulatório e UTI têm suas particularidades 

Quando se pensa em atendimentos ou tratamentos de saúde, pode ser bastante comum vir à mente somente a figura do médico. Afinal, trata-se de um profissional com importância indiscutível para a manutenção e a qualidade da vida. Mas, além dele, no âmbito da saúde, uma série de outras categorias são igualmente relevantes. E um deles é o homenageado do dia 12 de maio, data em que se comemora o Dia do Enfermeiro.

Diferentemente do que possa reger o senso comum, o Enfermeiro não é necessariamente subordinado ao médico, embora a parceria entre ambos seja fundamental para o bom andamento dos trabalhos de saúde.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil conta com mais de 2,5 milhões de enfermeiros, de um total de 6,6 profissionais de saúde. A categoria concentra cerca de 20 mil profissionais em todo o Distrito Federal.

Home care
Atuando diretamente junto ao paciente, o enfermeiro é responsável, por exemplo, por monitorar e avaliar a saúde e o bem-estar dessas pessoas. E isso inclui as respostas dadas a tratamentos e medicamentos.

“Trabalhamos em equipe com outros enfermeiros e profissionais de saúde para garantir a qualidade dos cuidados e a segurança dos pacientes”, destaca a enfermeira Thaís Guimarães, da Viventi Home Care.

“Dado o nosso contato permanente com os pacientes, muitas vezes somos a primeira linha de defesa para detectar mudanças na condição de quem cuidamos, e por isso é comum que sejamos os responsáveis por comunicar essas informações aos médicos e outros profissionais de saúde”, explica Thaís.

No ambiente do home care, isso fica bastante evidente, uma vez que cabem ao enfermeiro atividades como documentar e manter registros precisos de todos os cuidados prestados aos pacientes.

“Nós somos os responsáveis por avaliar a capacidade de pacientes de realizar atividades diárias, como vestir-se e tomar banho, e estamos sempre por perto para fornecer assistência quando necessário”, destaca Thaís.

Moradora de Santa Maria e mãe de uma paciente de home care, Tania Maria concorda. “O enfermeiro conhece muito bem a história do paciente, convive com ele. Por isso é tão importante que a gente confie nele”, afirma.

Exames e ambulatórios
A busca por um serviço de saúde ocorre por vários motivos ou sintomas apresentados, e atinge todos os públicos, gêneros ou idades. O que faz com que o perfil do paciente seja extremamente variado. Agora, seja qual for o caso, o bom acolhimento é imprescindível para o sucesso técnico do atendimento.

Normalmente feito por profissionais de Enfermagem, o acolhimento coleta informações sobre o quadro do paciente e promove as condições necessárias para a melhor prestação de serviço. E esse momento, inclusive,

“O enfermeiro trabalha em colaboração com outros profissionais de saúde para planejar e fornecer cuidados aos pacientes, além de realizar exames físicos e avaliações de saúde, desenvolvendo planos de cuidados e documentando as informações dos pacientes”, relata a enfermeira Andrea Lacerda, chefe de Enfermagem na rede Diagnose, especializada em exames de imagem.

“Desde a recepção até a realização do exame fui muito bem atendida. O atendimento foi rápido, todos foram muito atenciosos comigo”, relatou uma paciente do Distrito Federal. “A enfermeira foi uma excelente profissional, me explicou tudo sobre o exame que eu iria realizar, me sentindo bastante segura”, completou.

A proximidade com o paciente é uma das características do ofício. “O enfermeiro literalmente mexe com o paciente. A gente põe nos aparelhos, vira de uma lado para o outro, encosta no paciente. Existe muito contato, de fato, e isso é fundamental”, diz Andrea Lacerda.

“É essencial que os enfermeiros desenvolvam um relacionamento de confiança e respeito com seus pacientes para fornecer cuidados eficazes e de alta qualidade”, finaliza Andrea.

UTI
Entre as instâncias em que são realizados tratamentos de saúde, uma daquelas onde o Enfermeiro é mais demandado é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Afinal, trata-se da ala onde o paciente se encontra hospitalizado e recebe cuidados e monitoramento permanentes.

Para a enfermeira Letícia Kathiely Oliveira, coordenadora de Assistência da Domed, empresa de UTIs, o papel da sua categoria é fundamental para garantir a segurança dos pacientes.

“A segurança do paciente está muito ligada ao nosso trabalho. Nós participamos de programas de prevenção e controle de infecções, incluindo o uso apropriado de equipamentos de proteção individual (EPIs) e práticas de higiene”, diz a enfermeira.

Esses cuidados somam-se às responsabilidades permanentes, inerentes aos enfermeiros, de administrar terapias intravenosas, incluindo a preparação de medicamentos e a verificação de compatibilidade de medicamentos.

Mas, além da qualificação técnica, Letícia ressalta o quanto é válido que o profissional disponha de jogo de cintura, uma vez que também caber ao enfermeiro trabalhar com pacientes e suas famílias para ajudá-los a lidar com questões emocionais e psicológicas relacionadas à saúde, como estresse, ansiedade e depressão.

Esses conceitos fazem parte do que se entende por um atendimento humanizado. “Ficamos ali, sempre presentes, então aprendemos o que cada paciente demanda. E faço questão de tratar cada um de forma única, respeitando o ser humano ali presente”, explica Letícia.

Pela proximidade com o paciente, e forma intensa como o enfermeiro vive a realidade da UTI, ele é o profissional que, em caso de intercorrências ou alterações nos quadros, primeiro as detecta. E, ainda, muitas vezes se vê em situações nas quais precisa ser rápido em suas decisões.

“Felizmente os profissionais se apoiam. Dessa forma, nós e toda a equipe multidisciplinar da UTI sabemos da nossa responsabilidade junto a cada vida, a cada família”, frisa Letícia.

Para finalizar, boa parte do histórico de cada paciente passa pelas mãos dos enfermeiros, pois a eles cabe documentar e manter registros precisos de todos os cuidados prestados. “Não são tarefas simples, e cada uma delas pode significar a própria vida do paciente. Mas tudo o que fazemos é com muita dedicação”, acrescenta Letícia.