Notória advogada do ramo penal do Distrito Federal, Juliana Porcaro P. de Saboia assumiu nesta quarta (23/3), a presidência da Comissão Nacional de Direito da Arte da Associação Brasileira de Advogados (ABA). A solenidade de posse ocorreu na sede da entidade, em Águas Claras, e reuniu personalidades do meio jurídico.
Em seu discurso, Porcaro citou o escritor Liev Tolstói, autor de “Guerra e Paz”, ao falar da relação entre o direito e as artes.
“De um lado, a arte oportuniza a reflexão e a disseminação do pensamento crítico interdisciplinar, e de outro, o direito assimila e constitui essas inovações no campo da aplicação no contexto social, renovando-o.”
A advogada também falou do desafio do novo universo da arte e da cultura (conceito metaverso) na realidade virtual e aumentada, favorecendo em infinitas possibilidades de criações, interações e formas de negócios feitos por meio da internet e que terão impacto direto no mundo real, como o uso de avatares e ilustrações em 3D.
“Atualmente a internet já tem um papel muito importante no cotidiano da sociedade, mas a chegada do metaverso promete revolucionar a forma como as pessoas se comunicam, se relacionam, aprendem, vivem experiências e até mesmo consomem. Essa integração dos dois mundos vai permitir coisas inimagináveis que nem mesmo a tecnologia existente é capaz de suportar”, disse.
ABA x Porcaro
A ABA é uma associação com sede em Brasília que atua desde 2002 com objetivo de capacitar e promover a integração dos advogados associados no Brasil e no exterior, visando a troca de experiências, informações e potencialização de oportunidades de trabalho.
Bem relacionada no meio jurídico e político do DF, Juliana Porcaro P. de Saboia atua há 25 anos na advocacia, onde chegou ocupar uma cadeira na diretoria da seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). Atualmente é membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) e ativista do direito de defesa (porte de armas de fogo) e investigação defensiva dos advogados.
Ficou conhecida nacionalmente por defender vítimas de casos de grande repercussão midiática e, mais recentemente, por pedir o afastamento de Felipe Santa Cruz da presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por uso indevido do cargo para objetivos políticos individuais.