Por Clarice Gulyas
A atriz norte-americana Devon Hales acaba de lançar seu primeiro longa Icone (Icon), que está disponível nos Estados Unidos e Canadá até o dia 30 de março na plataforma Creatics. Com surpreendente ascensão nas telas, a nova favorita da série Caçadoras de Recompensas (Teenage Bounty Hunters/Netlix) agora dá vida à Ana, uma estudante do ensino médio que engravida do seu namorado Sam (Parker Padgett). Confira, abaixo, entrevista concedida por Devon Hales ao canal The Knockturnal (youtube). Ingressos: https://www.creatics.org/ Instagram: @iconthemovie
No romance indie do diretor estreante Tony Ahedo, o jovem casal enfrenta todas as dificuldades da vida adulta, tendo que lidar com novas responsabilidades e amadurecimento. Gravado de forma colaborativa no final de 2019 e disponibilizado em 20 de março, o filme aborda, de forma muito sensível, os desafios da paternidade e a visão masculina da gravidez. Saiba mais aqui: https://www.iconfeature.com/
Trailer oficial de Icon:
Surge uma nova estrela
Devon Hales ficou conhecida por papeis “icônicos” (trocadilho) nas séries Caçadoras de Recompensas (2020), The Resident (2018), Stan Against Evil (2016) e Storage (2011). Extremamente talentosa, a jovem de 26 anos (informação não oficial) tem se destacado no ramo do entretenimento mundial por seu carisma e sua capacidade única de se transformar totalmente em cada papel.
Para alcançar tanto sucesso, a artista de olhos azuis e belíssima voz contou com uma extensa bagagem no teatro, participando de muitos trabalhos cênicos desde a época do ensino médio. Formada em Teatro e Performance na Kennesaw State University (Geórgia), Devon Hales tem estampado toda sua versatilidade nos mais diferentes personagens e formas de atuação. Algumas experiências incluem interpretações de época, musicais e até teatro de bonecos. Confira a primeira biografia totalmente em português de Devon Hales: http://claricegulyas.com.br/conheca-devon-hales-a-april-stevens-de-cacadoras-de-recompensas/
Entrevista concedida por Devon Hales no dia 17 de março ao canal The Knockturnal (youtube):
1 O que vocês acham que o público ganha ao ver esse filme e a história de amor entre os personagens?
Acho que esses dois personagens começam com um ótimo cuidado entre eles e como eles enfrentam a situação que eles entram e embora eles têm suas dificuldades e dificuldades para se comunicar e chegar a uma decisão sobre isso. Eles têm um momento no carro onde eles estão tentando decidir como eles vão lidar com isso e ela diz: “o que você quer fazer?” e Sam responde: “eu quero fazer o que você quiser.” e eu acho que isso é uma demonstração muito poderosa e bonita sobre a maneira que eles começam o relacionamento deles. Embora eles tenham seus momentos separados, eles cuidam um do outro e o amor que eles têm um pelo outro eventualmente aproxima eles novamente.
2 Interpretando Sam e Ana, o que vocês aprenderam sobre si mesmos?
Eu acho que a Ana lida com essa situação e com o parceiro dela, que está passando por várias dificuldades muito válidas e contando apenas com a família dele e ele mesmo, com muita força, graça e afetuosidade. E, sim, se eu pudesse absorver qualquer parte disso em meus próprios relacionamentos isso seria uma vitória.
3 Explorando o tópico de gravidez na adolescência, qual foi a principal preocupação de vocês três ao colocar isso na tela?
Tony falou sobre isso um pouco. Eu não acho que isso seja um grande segredo, mas havia alguns finais alternativos para a história deles e tivemos muitas conversas sobre isso entre nós três e eu acredito que nem todos os jovens têm acesso ao privilégio de reservar um tempo para tomar essa decisão. E considerando todas as opções deles, para algumas pessoas é como se não fosse assim que acontecesse e esses personagens são. E eu acho que é importante que nós reconheçamos esse privilégio. Eles não estão sempre certos. Na cena que eles têm um pouco de problemas de comunicação, eles têm essa conversa no carro onde ele coloca isso nas mãos dela e eu acho que é muito importante falar sobre isso.
Eles tomam uma decisão e no fim, pulam do penhasco e enfrentam esta jornada juntos como uma família. E isso é para algumas pessoas e não todas as pessoas. Estou muito feliz por isso. Nós mostramos os outros lados desta tomada de decisão e, como Tony acabou de falar, você conhece o personagem Sam e então Parker pode falar mais sobre isso, mas nesse sentido, isso mostra o que significa ser um homem e o que significa ser um pai, e isso prova que a ausência de uma figura masculina na vida dele é o que vai ajudá-lo a desbloquear isso e eu amo como esse filme nos mostra a importância das mulheres na vida dele e de Ana, sua mãe e a irmã de sua mãe guiando-o por sua masculinidade e paternidade.
4 Como foi o processo de colaboração para este filme?
É uma prova do caminho que Tony quer seguir no mundo do cinema. Nem todo mundo está disposto a ser colaborativo e ter aquelas conversas e dar agência para os artistas que estão fazendo possíveis as visões deles, especialmente num momento tão valioso e você poder trabalhar em um indie, onde o tempo é ainda mais valioso. É como se você estivesse num ambiente estressado e tirasse um tempo para desacelerar e ter essas conversas.
Sabe, muitas vezes, para os artistas, não é que queira que sua ideia não precisasse vencer… não é sobre a idea de quem venceu, só o fato de estar trabalhando em um ambiente onde alguém está disposto a ter aquela conversa significa muito, então, sim, eu sou muito grata a Tony por isso.
5 Se vocês pudessem escolher uma palavra para descrever o filme qual seria e por quê?
Eu poderia dizer “ternura”, apesar de existirem partes ásperas e difíceis deste filme. Certamente não é assim em todo o desenrolar do filme, mas eu acho que a história de amor entre Sam e Ana, e a maneira que Tony abordou esse processo, quero dizer os outros relacionamentos que Sam teve com as mulheres da vida dele, eu acho especial. E a forma como o filme termina de um jeito inesperado foi definitivamente uma surpresa divertida para mim. Acho que é apenas tratado com muito cuidado então…