No período de 6 a 16 de junho, Brasília será transformada na Capital da Leitura. Até lá, conheça as pratas da casa!
Com seus 86 anos de idade, o escritor João Batista de Medeiros chama a atenção pela dedicação e invejável disposição à arte da escrita. Membro da Academia Cruzeirense de Letras, o bem-humorado escritor e poeta é uma das personalidades mais atuantes da cena literária brasiliense. Em suas obras, o “líder da Gangue do Vovô”, como gosta de brincar com o público, atrai a atenção e a emoção dos leitores com romances inesquecíveis que garantem espaços aos personagens idosos. Ao confirmar sua participação na 35ª Feira do Livro de Brasília (Felib), Medeiros concede esta entrevista exclusiva para contar as novidades que ele preparou para o evento mais esperado do ano!
A Felib será realizada no Complexo Cultural da República entre os dias 6 e 16 de junho, das 9h às 22h (segunda a sexta) e das 10h às 23h (sábado e domingo). A programação reúne lançamentos de livros, saraus, palestras, oficinas, mostra de filmes, homenagens, apresentações de teatro, contação de histórias para crianças e atrações musicais. Realização: Câmara do Livro do DF e Instituto Latinoamerica. Apoio: Sindicato dos Escritores do DF. A entrada é franca. Confira os detalhes em: http://felib.com.br/
Clarice: Como será a sua participação na Feira do Livro deste ano?
JBM: Vou seguir o roteiro decidido pela Academia Cruzeirense de Letras.
Clarice: Quais obras e novidades o senhor reservou para esta data?
JBM: Reeditei as obras A cor do amor e Um pouco de muitas Coisas, lançadas na feira do ano passado.
Clarice: O senhor chama a atenção por ser um dos autores mais atuantes da melhor idade. Como tem sido esta experiência para você?
JBM: Em minhas obras procuro destacar os personagens mais idosos, e parece que estou sendo entendido. Os idosos não possuem tanta representação nas obras de ficção e em geral.
Clarice: Na sua opinião, qual a importância da Feira do Livro de Brasília para o DF e região Centro-Oeste?
JBM: A população não está comprando livros. A crise está enorme. O número de empresas que editam obras está fechando, em todo o país. Se faz necessário promoções especiais para que a leitura de livros volte a ser praticada pela população em geral.
Clarice: Como escritor, como é para você participar de mais uma edição deste grande evento? Qual a sua expectativa com este novo local e demais novidades já anunciadas?
JBM: Como é natural, vou esforçar para chamar a atenção da população para esse problema que está prejudicando a profissão de escritor: a volta do hábito de ler livros ao invés de internet.