Ministra da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina e o Ministro da Justiça, Sérgio Moro assinaram nesta quarta-feira, 16, um acordo de cooperação técnica com o objetivo de prevenir a “venda casada” de crédito rural. O acordo assinado durante cerimônia realizada, na sede no MAPA tem a duração de 24 meses com possibilidades de renovação.
A iniciativa busca incentivar o produtor rural a realizar denuncias visando evitar a ocorrência dessa prática ilegal nas tomadas de créditos, a fim de proteger as escolhas de compra do setor produtivo.
De acordo com a Ministra da Agricultura a equalização de juros foi estabelecida para proporcionar condições de pagamento mais acessíveis ao produtor rural, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento das atividades agropecuárias do país, que com o combate irá reduzir o custo para o produtor e melhorar a competitividade, sendo uma ação que já era esperada pelo produtor rural brasileiro.
“Não podemos ter aqui travas que inibam o produtor rural. O agronegócio, os números estão aí para provar, é o motor da nossa economia. Com estas pequenas coisas que a gente vem fazendo nesses 10 meses de governo, facilitando, diminuindo custos, tirando esse custo embutido, é que nós vamos fazer a agropecuária brasileira cada vez mais competitiva e mais sustentável para o mundo”, acrescentou.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja – ABRASS, Tiago da Fonseca destaca a importância do acordo e a necessidade para os produtores rurais, que haja fiscalização das instituições financeiras, e afirma que associação está apoiando a iniciativa.
“Os bancos utilizam dessa prática ilegal para forçar nós produtores a adquirimos produtos dos quais não necessitamos como serviços de capitalização, seguro entre outros. Então nós vemos a assinatura do termo como um importante passo ao Agro Brasileiro”, afirma.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) assinaram como signatárias do acordo e vão disponibilizar formas dos produtores fazerem as denúncias sem serem identificados.