Na manhã desta segunda-feira, 04 de fevereiro, uma situação ocorrida na sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) mostra como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) vêm minguando na capital federal após anos de ineficiência na gestão e representação política da cidade.
Por determinação de ato da Mesa Diretora da casa, o diretor de Administração e Finanças está autorizado a promover a readequação dos espaços físicos do edifício que abriga as atividades parlamentares. Com essa autorização, a diretoria despejou o bloco PT/Psol durante o fim de semana.
O segundo secretário da Câmara Legislativa (CLDF), Robério Negreiros (PSD), responsável pelo ato da Mesa Diretora, determinou a retirada dos equipamentos de uma das salas da liderança, no segundo andar do prédio, segundo a alegação de que existem duas salas para os servidores do bloco PT/PSol, o que seria desproporcional com os demais grupos da Casa.
“Estamos trabalhando com a isonomia. Cada um terá direito a uma sala. Então, serão seis salas para as lideranças, e cada bloco ocupará uma delas. Não interessa se tem três membros – número mínimo para se formar o grupo – ou 10. Todos terão o mesmo espaço”, defendeu Negreiros.
O líder do PT, Chico Vigilante, reagiu. Mas ao que tudo indica são vozes enrouquecidas ao vento e o costumeiro “não sei de nada” dos petistas. “O secretário invadiu a nossa sala e mandou dividi-la de maneira arbitrária, trancou as portas e não sabemos onde estão as chaves. Isso é um problema grave porque não há documento comunicando a gente e documentos da liderança estavam ali dentro. Isso aqui não é propriedade do segundo secretário”, estrebuchou o trêmulo Vigilante.
Alguém precisa relembrar o parlamentar petista, mal-acostumado a governos anteriores, que o patrimônio da CLDF é público e pertence ao povo de Brasília, não ao partido. E que a coisa pública (patrimônio, recursos, documentos, etc.), a menos que esteja classificada como sigilosa/secreta pela Lei, também pertence ao povo para que haja transparência. Se o deputado está preocupado com documentos armazenados na sala da liderança que poderiam cair em “mãos inadequadas”, é bom nos preocuparmos para que venham a público. A história mostra que é nesses documentos que estão as mutretas da velha política.